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Já a luz se apagou do chão do mundo, deixei de ser mortal a noite inteira; ofensa grave a minha, que tentei misturar-me aos duendes na floresta. De máscara perfeita, e corpo ausente, a todos enganei, e ninguém nunca saberia que ainda permaneço deste lado do tempo onde sou gente. Não fora o gesto humano de querer-te como quem, tendo sede, vê na água o reflexo da mão que a oferece, seria folha de árvore ou sério gnomo absorto no silêncio de uma rima onde a morte cessasse para sempre. António Franco Alexandre in: Duende |
25.10.09
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