28.8.09

pra não dizer que não falei de flores

fui tomada nos últimos meses pela besta do racionalismo. ele veio galopante e triunfal, bateu três vezes entrou outras trezentas. não vou fingir que ainda sei escrever.

com isso, faço o anúncio de vende-se dos "cantos de estima", livrinho agora em off set e em 120 exemplares, e como não vou fazer propaganda dele e nem serei imodesta de ir logo mostrando uma foto pra você, meu mundo, dizer ficou lindo eu quero, por favor, para maiores informações e desejos, escreva: juliadecarvalhohansen@gmail.com

gente que eu amo demais

De Aquitaine Elelonora

para mim
mostrar detalhes 20 ago (8 dias atrás)

Júlia querida,
NAO VAI CHOVER, sabe? Só em Lisboa. Mas tanto faz, será uma chuvinha portuguesa. Parabens, boa estadia! No outuno vou passar pra Annecy, perto de Geneve, se vocé quiser de perto o Mont Blanc... é frio, grande, mas é bastante interressante.
Um beijo grande, obrigada o convite,

Ana (cozida)
carne

Seja a casa onde for
construir estantes no pensamento
de derrubá-las

forrar as prateleiras com flores
no papel de parede
e livros de capa branca

forrar todos os livros
todas as páginas dos livros
de branco

com algodão secá-los
da úmida solidão
do que está escrito.

- -

estou a citar-me. além do momento de mudança comovida, deve ser isso, hiato criativo.

22.8.09

o melhor o tempo esconde
longe, muito longe,
mas bem dentro aqui

*

metade de mim é desejo
a outra metade é largura.

21.8.09

quero esse blogue assim mesmo

fazer um novo blogue não faz sentido. ficar nesse aqui é difícil. então resolvi falar sobre isso. tive que fazer uma redação pra escola, em 199? e não conseguia. disse ao meu pai que eu não conseguia. ele disse: escreva sobre isso.

nisso, ele me deu metade da literatura.

semana passada um cara muito mais velho do que eu, e que muito estuda filosofias orientais, bacana de tudo, repetia e repetia para uma amiga em comum que o caminho da lógica só chega a isso, sempre, desdobramentos de uma mesma lógica. que se começar a perguntar / nunca vai parar. e por isso, atenção, desdobre-se em silêncio.

eu entendi. eu entenderia sempre.

mas não concordei. eu concordaria antes.

mas cessar-se como um astronauta sem viagem?

por isso, repito, um samba sobre o movimento, de volta pra nós.
no próximo post vou tentar explicar esse título.
ass: mãozinha.

19.8.09

abro as retinas dos acordes, então

agora parece que são paulo se abre lentamente
e tudo que está sendo dura mais dois segundos a mais do que durava
deixei o taxista parado minuto eu vendo no farol aberto tudo
me contando uma história
só porque ele queria contar
a história da juíza que tem o filho drogado / não é só gente pobre que cheira-cola
e no vidro as gotinhas da chuva que veio a luz dos postes
e minha mão sobre a minha barriga cheia
e o ritmo dele era da idade, as folhagens da Artur de Azevedo,
o couro do rádio-táxi
bom gente que se depura até conquistar a originalidade do ritmo
bom quando consigo ver as outras pessoas definidamente
deixar todo mundo ser, fluido mistério sempre há de pintar por aí

não sei o que vai ser
nem me importa crer em nada
porque como eu vou explicar o que eu já sei?


tantas vezes tão fundo e retroceder
ele que é como o mar

nem sei
já que sempre vou viver vivendo que só sabia um pedaço, um mísero pedaço

11.8.09

10.8.09

eu estou aqui, 3 horas da manhã, completamente apaixonada.
poderia escrever um romance, não fosse a matéria voando.

8.8.09

amor

na real, não dá pra ter coragem só no texto

-

é isso que me assustam algumas coisas que eu escrevo e depois leio eu me pergunto "então eu já fui assim?" e porque eu deixei de acreditar que eu já fui assim?

-

meu cachorro está morrendo.

2.8.09

hecho
 

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