26.2.07

- 9 de Dic. de 1961

El miedo a envejecer nace del reconocimiento de que uno no está viviendo la vida que desea. Es equivalente a la sensación de estar usando mal el presente.

do diário de susan sontag, pedaços aqui

20.2.07


it's truly, truly a sin

19.2.07


ela sofreu três fraturas na costela. quando acordei de manhã cedo, sobressaltada com a poeira que subia, tive que lembrar do médico dizendo a minha esposa enquanto a anestesia passava:

quebramos em falso três bisturis para ver se ela acordava
seis vezes escutamos timbres que do coração divergiam
de vez em quando ela agonizava e gemia:
-paris! paris!

ela sofreu três fraturas na costela
mas a senhora me perdoe, também quem não sofre enquanto espera,
'vai ver que nunca mais o amor faz de mim alguém?'

era uma dessas pontas de aço esterilizado que estavam por dentro do meu estômago e me fizeram acordar. a cidade, meu bem, estava pegando fogo. dez mil habitantes resolveram aleatoriamente seguir as prescrições da velinha de amsterdã de como atear fogo em uma metrópole sem perder o sentido. era o acaso minhas costelas estarem quebradas hoje de manhã. quando comecei a discar no celular, parei. pensei em ficar sozinha. pensei. fiquei lembrando da minha última corrida num táxi pensando que quando volto pra casa nunca sei se deixei mesmo o gás desligado. pensei que então era eu, claro, em mim que aquele fogo tinha começado.

17.2.07

há o que se dizer.
:

"onde o meu rápido risco no espaço também se perca, suas cascatas me levando até a água, e finalmente a água infinda e estranha nas mãos em volta de tudo, quando o conhecimento também sofre o seu risco. vou e nunca sei quando volto, será normal, como você que olhará bem fora do tempo, talvez desconfiando de algum lugar, quando ler este nossa companhia que é o texto na ausência, principalmente de algo tão presente quanto instigante que pode ser o desconhecido. você sempre se pergunta onde é que está? ou tem muita certeza ou muita dúvida do que se encontra, ou respira de improviso uma conversa? e o texto, o quanto poderá ele expulsar os nossos nomes, e o quanto poderemos voltar como aqueles cegos principiantes de que você me falava?, na praça a dar pombos com as mãos ao ar, saberá alguma lembrança física, como poderia ser o pensamento? o pensamento é um sentido?"
 

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