10.4.06


isso sim é boa,
na verdade um fenômeno inusitado que tem me acontecido faz um mês: desconhecidos têm me confundido com conhecidos deles. aconteceu na rua, na mesa da lanchonete da faculdade, no ônibus, na escola de dança, no bandejão, na loja de discos. eu sei que estou passando um processo de muita mutação, mas não sei o que está rolando pra esses aproximações de desconhecidos que acham que me conhecem estarem realmente convivendo comigo, parecendo um fenômeno demonstrável e com certeza nada sobrenatural. o mais curioso é que nenhum desses desconhecidos me abraçou de sopetão com sincera efusividade ou alguma espécie de radiação. na verdade, fui sempre pessoas difusas na imaginação desses que pensaram me reconhecer, quer dizer, não me confundiram com alguém colado, mas só próximo a eles, lembrando que nesse último mês fui "a irmã da melissa do balet da cidade?" ou a "filha da dona noêmia que mora no brooklin?". todos que se aproximaram estiveram em dúvida de eu ser ou não ser. também me parece notável que eu não conheça ninguém com nenhum desses nomes, absolutamente não poderia personificar nem na cunhada da vizinha da tia joana alguém com os nomes que me disseram. talvez seja gente que não existe se comunicando comigo. talvez eu esteja com uma cara mais abordável. ou com uma cara mais difusa e em uma nova claridade.

agora eu tenho medo de que essas abordagens parem e eu esteja me tornando a júlia de novo. quer dizer, perdendo o fluxo, porque eu me sentiria como alguém que rompeu, puxando o freio no meio da aceleração.

6 comentários:

Sérgio disse...

Uma vez, no metrô, há uns quase dez anos, eu estava indo pra casa da minha avó e quando o metrô parou na São Joaquim, entrou uma mulher redonda de gorda com uma camisa estampadaça. Ela e entrou, e eu sentado bem junto da porta; ela me olhou de cima e disse (ou melhor, berrou): «Nelsinho!» Quando vi que era comigo, tomei aquele susto e apesar de ter atraído a atenção de todo o vagão, fui logo tratando de dizer que não era eu o bendito do Nelsinho (coitado desse!); ela ficou desolada: «Puxa... mas parece tanto...».

Anônimo disse...

Pois é, comigo acontece raramente... no mês passado me perguntaram: - Você já não esteve por aqui antes? (isso que acabei de mudar de Brasília para Goiânia, nessa rota nômade que partiu de Curitiba)... a não ser quando me dizem que "você é a cara da Alanis"! Sinceramente... não vejo semelhança... mas como não costumo me observar de fora, pelo menos ela é do rock, beijos!

Anônimo disse...

você cortou o cabelo? porque outro dia eu vi uma menina na letras parecidíssima com você, só que de cabelo bem curto, e só não cumprimentei porque tava com pressa. hm...

(e, se não era você, você ficaria ótima de cabelo curto)

(ou será que eu sonhei com isso? céus...)

júlia disse...

sérgio, há cada situação embaraçosa no mundo, não? fiquei cá imaginado a zona que uma camisa estampadaça faz num meio de transporte público. no seu principado deveriam instituir os cortes retos e as estampas lisas.
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manoela, poizé e comigo nunca acontecia! ainda mais com essa freqüência vertiginosa. parecer com um popstar deve ser uma experiência inusitada, talvez outro tipo de expectativas, porque, realmente, tem gente que vem com tudo, como foi o caso com o nosso principea i de cima.
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hm, você já me reviu e me viu de cabelos não-curtos como sempre. esse 'como sempre' dá um tédio, né? num verão próximo quem sabe eu corto...

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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