10.4.06

babe, i'm lost cause

entre os livros ele veio aparecendo. uma lembrança vaga de um percurso nessa direção minha. o sol pela janela esquerda não esquentava a mesa de fórmica mas emancipava seus olhos pra cima. ternura e um nada. porque foste em minha alma como um amanhecer. mas veio o escuro. porque foste o que tinha de ser. um homem sai de casa para enfrentar um touro e não sabe disso ainda.
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o drummond tem um poema, sabe? não me lembro muito bem, mas é que se de repente algum encouraçado louco atingisse a baía de guanabara, imaginem? no meu caso tinha que atingir o cemitério nova necrópole ou o sushi do sacolão. talvez no tomie ohtake causasse algum ruído estrondoso por aqui. já disse, acalma menina, sua casa não está pegando fogo, não esqueceu de nenhuma panela? não, não não. o poema continua:

o edifício é sólido e o mundo também

esse verso é tão incrível quee me dá vontade de pular no teto do vizinho pra que o careca entenda do ódio que eu tenho do modo como ele trata o filho dele no elevador.
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algum destino é sempre trouxo. eu acredito no encaminhamento das coisas e espero mesmo que você viva dias melhores do que esse domingo, rapaz.

eu já tenho vivido tudo com muita insegurança. e, realmente, não entendo mais nada. ouço gente demais meu rol de vocês são muitos e cada vez maior. também não entendo nem desse cansaço de todos vocês, absolutamente, estampado nas caras todas, a começar pela minha. viver é muito pegajoso.

aquela música linda do jards devia mesmo ser modificada:
porque hoje eu vou fazer,
ao meu jeito eu vou fazer
um samba sobre o movimento
(que o "infinito" é para os fracos e os físicos, não dos poetas)

2 comentários:

Anônimo disse...

será do paulinho essa música? também não tenho certeza. beijo, c.

Anônimo disse...

Nice colors. Keep up the good work. thnx!
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