vi os homens passando com os gelados
a água do atlântico (ao norte) tão fria
investi nos tornozelos ardiam
os pés se abrindo na areia
o mar branco e raio
mergulho saio
dormi sonhando que o pescoço era uma língua
e fechei os olhos de tudo dourado
as gaivotas no azul
os aviões de duas faixas
e eu estava do lado de cá
dormindo na areia do mundo, mira, outra vez
toda gente dizendo: veja, em outubro já não é,
quente ou tipo
eu querendo ter um amor livre e de família
aceito tanta coisa ou disse
já não aguento mais não trabalhar
nem escrever nem nada participar
não consigo prestar atenção
mas estou aqui, não estou aqui, estou
e o passado não me diz
procuro uma droga, uma toca, um começo
tudo pra acordar
ou seus dedos.
24.9.09
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