ele amou um cão antes de mim e um vaso e uma fonte e um spot de luz ele amou o que não tinha amor ele amou o e se aninhou consigo de caminho amou ele amou o abraço em mim até quando meu corpo não mais estava lá amou o figurino que usávamos nas tardes de um jardim com três sóis e uma ânfora de cor ele amou todas as criaturas que não recebiam amor como se tivesse uma lanterna na cabeça do cão que amou também o que amor já tinha ele um canto um topo seu círculo e um modo de dizer mais pequeno amou enquanto a luz atravessa uma frase em suspense ele amou a novidade de um regresso e esse jeito de não olhar diretamente e andar de costas numa notícia velha ele amou como se fosse uma novidade ele amou a árvore que há na rua da minha casa embora ele nunca tenha estado numa rua embora ele suba em árvores que existem ele amou o cão ele agora me olhou como se dissesse ninguém se perde na noite do amor e toda a cidade era um cavalo manso montado em nós.
22.9.09
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Um comentário:
amor
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