9.6.09

onde antes havia uma fogueira
amalgamou-se tudo e explodiu
pra fora

*

a noite que fomos ao obsevatório revisited

tem dias
o ônibus teve de subir os pedregulhos
tinha capim ao lado
estudo do meio
não vou me alongar nisso?,
indo ver as estrelas
e quando chegamos era uma bola branca
ou me lembro porque são assim os planetários
vou tingi-lo: era azul o concreto
e na estrada tinha cheiro
de sereno mato sobre borracha vida
impertinente os órgãos itinerantes
15 anos de cigarras e alienígenas num só planeta
e meu melhor amigo disse uma coisa bonita sobre o fígado
eu não escutava mas era como se um rádio lento
trouxesse a notícia da paz
a gente corre pra inspirar o pulmão
expande o fígado se ajeitando é massageado
e mexeu as mãozinhas mostrando
correr talvez pular uma sorte por uma janela
vontade de massagear a bola do observatório
e então abrir feito tenda
o físico que nos atendeu explicou o clarão no céu visto nas férias
iluminou
nossos rostos de fogueira o mar negro um arco verde por cima dos meninos
era lixo espacial voltando pras atmosferas velocidade ardendo
estrela-cadente
não
existe
contente
e quando olhamos ao ponto final
abre coração abre
podia olhar por dez segundos

(((mesmo assim eu não vi nada)))

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