5.2.09

o amor atrás da porta

toda paixão é uma transformação. quando a gente morre através dela é que se vive, viverá. quem não vê ou cerceia isso, está perdido. é de rir dessas pessoas. eu mesma já usei muito a psicanálise contra mim mesma, contra instintos, desejos, mistérios. fico sempre muito tempo a querer dizer sim ou não, opondo realidade e ilusão. esses termos. tantos os matizes. em quantas se engendra uma consciência. hoje ando a meia-sombra, do lado ensolarado da rua mas no escuro das copas das árvores. sei quem sou muito mais: não defino bem.

mensagem pra lhe dizer: 'abraça uma andorinha. que vive em ti em você? se não fosse o coração dos animaizinhos eu estava tão sozinha, então escuta, tão rápido e: a explosão da tua alegria é lindo. e depois fico pelo buraco da porta a espiar que ninguém sobe a escada. encosto abertas as palmas da mão. me calo. a madeira respira por mim. não, não é a causa da Andorinha. abrace a própria. a porta, a andorinha, a longitude. há corpos de madeira e no nosso há de ter carne com a carne. escolhemos? repito: a explosão da tua alegria é lindo. com instintos farejam e comem nossos medos em equações. sobram os ossinhos do medo entre as ervinhas. com eles fazemos um relicário em cetim cor-de-rosa, pousamos juntos aos nossos pés, aliados.'
isso porque agora entendo o homem da festa de Paris exclamando para a namorada: "o amor é uma guerra!?! é sim, mas é uma guerra que se luta junto." e ela, que era mexicana, quase atirou um vaso na cabeça pra que ele ficasse quieto, e lhe deu uma bebida, um beijo estalado, e disse "basta de filosofia". riram. isso foi na casa da menina que tinha o mesmo poster do que eu, esse aqui na porta, xxxxxx se chamava ela. e me disse que por amor nunca tinha acreditado que faria uma coisa daquelas, viver em San Diego com um bibliotecário surfista,
amor por amor por amor por
a explosão da tua alegria é lindo,

no mais, deixa doer mesmo e continua sempre alegre. o lado escuro do ensolarado, se lembra? o nariz que sangra. desconfia de si mesmo, mas afirma. quer o que quer, mas esquece.

fico tanto sem escrever às vezes que tenho que dizer essas bobagens diretivas. é a falta de auto-contato. se bobeio um dia, pronto, tomaram-me os de fora,

3 comentários:

ilana disse...

Lindo

Anônimo disse...

PS nem gosto muito do meu nome logo na primeira linha, fica menos lindo que avignon anna e budapeste por exemplo beijos juju

júlia disse...

tirei
o que eu não faço por uma menina sens´´´´´´iiiiveeeel

 

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