essa noite, tive um pesadelo. não sonhava assim desde a suíça. dessa vez não acordei berrando. e ao abrir a janela não havia montanhas para olhar, mas os prédios, não sei quais lições de duração eles podem me trazer.
sei que o sonho era o seguinte: havia uma grande estrada de terra, era de noite e eu andava por ela sozinha. não tinha medo. de repente passava um ônibus com toda a minha família dentro. alguns estavam de pé, animados. não me viam. e eu pensava que precisava segui-los e subia a colina adiante correndo correndo e correndo e o ônibus da minha família subindo subindo e eu atrás.
subia tão alto que parecia a estrada do castelo dos mouros em sintra. numa curva perdi de vista. quando cheguei lá em cima, arfando, encontrei um grande casarão todo fechado e o ônibus parado, todo vazio e incendiado. de dentro do casarão latiam cachorros e sem vê-los eu sabia que eram pastores alemães. voltava até a estrada e a noite era muito larga. eu estava sozinha.
do chão peguei várias pedras, cascalhos e comecei a atirar no horizonte da noite escura. atirava a pedra contra a noite e berrava. muita raiva. alguma coisa me dizia que se eu voltasse pela estrada encontraria-os. mas isso, só conseguia pegar as pedras e atirar em direção ao nada. não sei porque, mas só essa parte se parecia com um pesadelo.
sei que o sonho era o seguinte: havia uma grande estrada de terra, era de noite e eu andava por ela sozinha. não tinha medo. de repente passava um ônibus com toda a minha família dentro. alguns estavam de pé, animados. não me viam. e eu pensava que precisava segui-los e subia a colina adiante correndo correndo e correndo e o ônibus da minha família subindo subindo e eu atrás.
subia tão alto que parecia a estrada do castelo dos mouros em sintra. numa curva perdi de vista. quando cheguei lá em cima, arfando, encontrei um grande casarão todo fechado e o ônibus parado, todo vazio e incendiado. de dentro do casarão latiam cachorros e sem vê-los eu sabia que eram pastores alemães. voltava até a estrada e a noite era muito larga. eu estava sozinha.
do chão peguei várias pedras, cascalhos e comecei a atirar no horizonte da noite escura. atirava a pedra contra a noite e berrava. muita raiva. alguma coisa me dizia que se eu voltasse pela estrada encontraria-os. mas isso, só conseguia pegar as pedras e atirar em direção ao nada. não sei porque, mas só essa parte se parecia com um pesadelo.
3 comentários:
Tanto,
a última frase é um ótimo desfecho.
Tanto,
- -
pois, já conversamos sobre isso dos desfechos, né? mas, no caso, foi realmente o que aconteceu. aliás, costuma ser inevitável que um desfecho seja um desfecho.
talvez tenha nisso algum modo de lidar com a duração das coisas
- -
beijos!
Postar um comentário