28.9.08

agora que tenho uma nova lógica, ela ainda é em português. tem muito caminho ainda, essa língua. pruns séculos ou mais. pega a senha. a lógica logo na frente ali vou ter que trocar. tudo bem, já estou acostumada. me acostumei com muita coisa. não mais do que eu devia. em verdade não sou uma pessoa muito acostumada. aprendes com os gatos: nada te surpreende, tudo te estranha.

encontrei meu guarda-chuva cor de rosa que viajou todo o tempo a europa comigo, sem sair da mala. de certo modo ele viu mais do que eu, no escuro da mochila negra. não sei o que perdi, talvez ele saiba? se eu seguerasse pelo cabo talvez ele conseguisse ver no fundo dos meus hiatos e pudesse me reportar tudo o que acontece. mas não vou tentar, sua linguagem de nylon me asfixia.

de todo modo aprendi a dobradura dos mapas de ruas. ontem escrevi um poema muito bonito. nem parei pra admirar. comi milho verde na augusta, queimei a língua, dei metade pro engraxate. e agora tenho a ressaca de que nunca mais essa escrita do poema nunca mais novamente nada.

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