18.5.08

Empédocles, no século V a.C., descreveu os olhos como nascidos da deusa Afrodite, que "confinou um fogo nas membranas e tecidos delicados; estes seguraram a água profunda que fluía em torno, mas deixaram passar as chamas internas para fora." Mais de um século depois, Epicuro imaginou essas chamas como películas finas de átomos que fluíam da superfície de cada objeto e entravam em nossos olhos e mentes como uma chuva constante e ascendente, encharcando-nos de todas as qualidades do objeto. Euclides, contemporâneo de Epicuro, propôs uma teoria oposta: dos olhos do observador saem raios para apreender o objeto observado.


(trecho de uma história da leitura, do alberto manguel, como prometido)

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