2.10.07

O céu descoberto para vê-los passar. Se olharmos de cima, além da cabeça retraída, vamos ver a tensão no ombro que vem desde o meio do peito, porque carrega um dilúvio que nunca aconteceu, nem nuvem se formou, como se o tempo tivesse ficado tão sem água, tão sem chuva, que, de tão seco que ficou, cristalizou-se. Ela também tem uma forma cristalina, mas não rochosa como a dele, para ela só não existe fora ou dentro. Ela passa num mundo sem gravidade em que o sol poente não precisa de nada para ir. O leitor mais desconfiado com ele se parecerá. O mais impreciso, com ela. Mas e se ambos, na verdade forem um só? Em meio a tantas adversidades é necessário narrá-los.

Um comentário:

Anônimo disse...

Uaau.

 

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