27.11.06



júlia_ e o antenor diz:
eu era só uma criança que estava na primeira série.
tinha horta na primeira série, né
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antenor mesmo ou você inventou o nome pra preservar a identidade?
júlia_e o antenor diz:
você vai saber, oraaaas
júlia_e o antenor diz:
um dia ensolarado na horta, um menino chamado luis felipe que era um porquinho que beijava de língua uma menina feiosa nas aulas de educação física, encontrou um caracol grandão andando por dentro da terra, comendo uma alface que crescia. as crianças todas, com a iniciativa da professora, arranjaram um aquário do laboratório de biologia, que virou um terrário para o caracol e a sala toda ficou responsável por alimentar o grandessissemo caracol
júlia_e o antenor diz:
e o caracol não tinha nome. as crianças fizeram uma votação e o nome escolhido foi o que a criança aqui tinha sugerido: antenor
júlia_e o antenor diz:
daí chegaram as frias férias de julho. ouve outro plebiscito, afinal, havia a dúvida : 'como cuidariam do antenor nas férias?'
júlia_e o antenor diz:
e votou-se! o antenor deveria voltar para a horta ou ser dado a alguém? vencendo a segunda alternativa, elegeram a mim!
júlia_e o antenor diz:
a mim novamente com essa incumbencia com o caracol. logo se viam que eu iria longe na vida.
júlia_e o antenor diz:
eu e meu caracol longe na vida.
Personal Display Dylan Name Account Options Automatically! diz:
forever
júlia_e o antenor diz:
daí eu cheguei no carro do meu pai, um voyage azul-metálico, com o antenor e o terrário. ele gostou. o antenor também simpatizou-se.
júlia_e o antenor diz:
assim foi que antenor e eu dividimos o mesmo quarto durante uns três anos.
júlia_e o antenor diz:
eu as vezes deixava a tampa aberta, para ele poder escapar. e ele deixava aquela gosma toda sobre os móveis. eu tinha uma escrivaninha rosa, imagine.
júlia_e o antenor diz:
mas eu não lembro que fim levou antenor.
júlia_e o antenor diz:
se eu devolvi ele as largas terras de um jardim
júlia_e o antenor diz:
ou se ele morreu mesmo
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foi amor, sem dúvida
júlia_e o antenor diz:
é. e não é sempre?

4 comentários:

agente laranja disse...

Estou admirado dessa. E não pensava que caracóis vivessem tanto!

Cicero disse...

hahaha. antenor, adorei. tenor era um cara legal. graaaande tenor. beijo, moça.

Anônimo disse...

Ah... eu lembro do luis felipe (e ele por acaso era bem trash também), mas não sei quem era a menina que ele beijava. quem era? (que nojinho dessas crianças sujas de terra - da horta ao lado do córrego - e suor, atrás da caixa dágua do cepê se beijando de língua)

mas não lembrava que o caracol chamava antenor. Lembro do terrario na sua casa.

Da sua casa eu lembro do gato pudim que era gordo vesgo e balinês. E de uma bolcha verde de fungo que voce guardava como experimento científico.

júlia disse...

era demais lucas, o antenor. mas também não sei quanto caracóis vivem. meu irmão me lembrou que houve alguma espécie de sepultamento e luto em relação ao bicho. a memória protegeu-me, ó lucas.
:::
kikero, ele era demais! precisava vê-lo fazendo carinho de antenas aos móveis.
::
beeeeeeeeeel
o luis felipe era bem porquinho mesmo, tinha uma voz de ranhozinho. ele beijava a annick, se não me engano.

o pudim era gordézimo e vesgo mesmo. era um gato pesado, pegava ele por todos os cantos. e que ótimo você lembrar que ele era balinês, porque, por algum motivo, eu afirmava isso o tempo todo. e nossa! do fungo como experimento científico nem eu lembrava!

beijo pros três

 

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