4.3.06
o nego tá gordo que mais parece um major
no escuro espero. pela espera. você não vai entender. você só não entende porque não ouve com limpeza. e fala mesmo assim, como quem repete, indiscriminadamente. e eu? exponho, concluo. concluo, exponho. é mesmo assim mesmo, conto sempre, o equívoco é ainda mais no que me cansa. não, não é "jorrar" o termo da coerência. (coerência é esse vestido, no qual zíper é zíper, botão é botão, faixa é faixa, bolso é bolso) mas ''jorrar'' seria o fácil de dizer, aquilo que tomei como nosso avesso, e se o falasse, romantizando-me, receberia de ti e de todos os teus amigos a tarjeta, proibitiva. maio de 68, beibe, deu numas dessas. atravessamos 1969 e eu ainda não me importo. mas não recuso de todo e admiro a resistência. usa-se "resistência" em djuntores e também em crítica literária, para demarcar um bom escritor. o que opõe-se ao período da guerra, a eletricidade com que os franceses se envergonham. a mim, que espero recusar continuamente a história óbvia, permitam esfregar-me na memória, como um condimento: alguma tribo oriental massageia-se com páprica, ou não? alemães gostam de chucrute. eles ficaram longe na genealogia, longe de mim. mas mortos não ficamos, senão na fumaça do cotidiano vazio vazio vazio vazio vazio que sempre me leva a dar nome de amor a todos os líquidos que se movimentam, sejam aqui ou na palma da sua mão. que se despede, em alvoroço.
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Um comentário:
capricornianos expõe, concluem. tanto! 68 virou 69, 99, 2006. ainda somos os mesmos. e vivemos?
borbulhas de coca-cola: isso é o amor.
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