26.2.06
eu faço samba e amor até mais tarde...
tá fazendo um ano inteiro, amor, que nosso café se delineou. você preferiu o labirinto e eu, só porque sou teimosa, continuo achando que você deveria ter fugido pro atacama comigo, ainda mais que eu notei nas minhas palavras antepassadas que sou divertida até na desgraça. já ele me diz que eu sou forte. pois minha mãe me diz pra tomar cuidado no carnaval. agora eu entendi minha mãe: é porque eu sou divertida e forte: vai, carlos! me divertir na vida!
21.2.06
considerações a respeito do primeiro dia de aula
alguém teria um pouco de morfina pra me dar?
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my body feels young
but my mind is very old
I’ve been lost, I’ve been found but I don’t feel down
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my body feels young
but my mind is very old
I’ve been lost, I’ve been found but I don’t feel down
19.2.06
indispensáveis
...marcello mastroianni, mick jagger, dustin hoffman, alberto giacometti, george harrison, benicio del toro, chet baker, alain delon, vladimir maiakovski, chico buarque, pablo picasso, james dean, jacques derrida, tom waits, gael garcia bernal, samuel beckett, jean-pierre léaud, david bowie, andy warhol, che guevara, thom yorke, glenn gould, lou reed, julio cortázar, caetano veloso, bob dylan, albert camus, jim morrison, federico fellini, angeli...
alguma dúvida?
18.2.06
you go to my head with a smile that makes my temperature rise
like a summer in a thousand julies
you intoxicate my soul with your eyes
(com atenção para as versões de billie holiday, chet baker, louis armstrong e/ou lili marlene)
like a summer in a thousand julies
you intoxicate my soul with your eyes
(com atenção para as versões de billie holiday, chet baker, louis armstrong e/ou lili marlene)
15.2.06
vamos pedir piedade
pra essas sementes mal plantadas
que já crescem com cara de abortadas
pras pessoas de alma bem pequena
remoendo pequenos problemas
pra quem não sabe amar
pra quem vê a luz
mas não ilumina suas minicertezas
e não muda quando é lua cheia
que estão no mundo e perderam a viagem
senhor, piedade
pra essa gente careta e covarde
no comer, no dançar, no fazer, no sentir e no pensar é indispensável a tentativa e a abrangência. a experiência como uma necessidade inalienável.
pra essas sementes mal plantadas
que já crescem com cara de abortadas
pras pessoas de alma bem pequena
remoendo pequenos problemas
pra quem não sabe amar
pra quem vê a luz
mas não ilumina suas minicertezas
e não muda quando é lua cheia
que estão no mundo e perderam a viagem
senhor, piedade
pra essa gente careta e covarde
no comer, no dançar, no fazer, no sentir e no pensar é indispensável a tentativa e a abrangência. a experiência como uma necessidade inalienável.
14.2.06
12.2.06
só sambando todas
se nada acontece e a intensidade desse nada vira um vácuo de sofrimento-maior, qualificado como ruído e dor maiores que tudo, levando-me ao encontro-dor migração pra dentro dela esquecimento do próprio sofrimento: são os destroços de semelhantes sufocamentos. a semelhança inclui a diferença, sei bem. é hora? de levantar-se, no mínimo. e fazer por querer e querer sem saber. Com seus mistérios Clarisse dança e Clarisse me escreve: "Os movimentos são gráficos do coração. Vá se encontrar com o seu corpo: se mexa. Durma com alguém e se ame através da pulsação do outro." avanço querendo esquecer de lembrar, até que o pensamento fique ágil e, independente de mim, conviva conosco. harder, better, faster, stronger (ah os anos 80... passaram, uftz). tentando. se assim for, o mote do ano seria parar de averiguar, já que o acerto será mesmo sempre relativo. se a pontuação foi média, então não foi no hábito de sofrer que meu cotovelo arrebentou aquele colar de contas. na verdade foi com a mão fraca do seu silêncio, das palavras que você não me disse, nesse nosso modo de esconder-se na superfície. era o desespero que falava. e ele virá e quando voltar latente e inabalável, o jogo será deitar-se no chão novamente, à maneira dos desesperados. às vezes a trilha sonora é mais adeqüada ou os soluços perdem-se num secular espaço de negro silêncio. é noite. mas gari, até o fim faz favor. afinal, por menos que aparente, a dor é sempre outra. estamos sós e sem desculpas, condenados a sermos livres. sempre à noite. e como o riobaldo pensa: (outras palavras) a cegueira de hoje é o sofrimento de amanhã. por isso eu quero é ver. surtando pra fora. nada a esconder. só não vai quem já morreu.
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como eu já garanto, essa euforia é justificada precaução, tanto de quarta-feira de cinzas que virá tomando conta do país... mas antes, invertendo meu caro cda: não sei se sou eu que estou divertindo, ou se é alguém, por que não? que se sofre na noite escassa. eu não te quero? eu ter quero mal? tô me guardando pra quando o carnaval chegar. e o amor, camélia que desabrocha, veeeeeem jardineira.
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nessa história de carnaval, anda tudo tão tropical que a flora resolveu crescer dormindo nos meus ombros: como um periquito de pirata, ela dorme enquanto escrevo.
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como eu já garanto, essa euforia é justificada precaução, tanto de quarta-feira de cinzas que virá tomando conta do país... mas antes, invertendo meu caro cda: não sei se sou eu que estou divertindo, ou se é alguém, por que não? que se sofre na noite escassa. eu não te quero? eu ter quero mal? tô me guardando pra quando o carnaval chegar. e o amor, camélia que desabrocha, veeeeeem jardineira.
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nessa história de carnaval, anda tudo tão tropical que a flora resolveu crescer dormindo nos meus ombros: como um periquito de pirata, ela dorme enquanto escrevo.
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8.2.06
e olha que eu prefiro psicanálise à política
sonhei que eu estava com o lula numa sacada de um prédio. como se não bastasse, o lula me ensinava como manipular uma bexiga do mickey mouse sem ser carregada pelos ares por ela. não era por baixo, precisava segurar pelo meio.
segredo ainda pra um século ou mais
é tão tarde que eu de mim não esperava mais que o mesmo viesse em sopro de força, simula o bom, fúria de dor. corpo que não esquece. quem me conhece sabe, que eu detesto intriga. come, deita e dorme. o corpo procura a dor pra não esquecer-se? o que o sono não me faz?
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hmr.
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esqueci:
people you've been before
that you don't want around anymore
todo esquecimento é um lapso? fracasso ou resistência? a persistência é o pior dos meus hábitos.
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é só olhá-lo sem ranhuras que eu entendo. e a vontade passa, a dor também. fica a calma. é, fevereiro.
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hmr.
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esqueci:
people you've been before
that you don't want around anymore
todo esquecimento é um lapso? fracasso ou resistência? a persistência é o pior dos meus hábitos.
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é só olhá-lo sem ranhuras que eu entendo. e a vontade passa, a dor também. fica a calma. é, fevereiro.
7.2.06
fevereiro é o melhor dos deuses
leve leve leve. fevereiro só morre em maio. em outubro uma fictícia primavera, pensarei nele, em fevereiro, no maio. fevereiro veio de novo. rendo, louvo. devotam-se.
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a arquitetura é um exercício, digamos, sexy.
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cocorosie cantam:
Bring me sweet dreams tonight
And help me be good tomorrow
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a arquitetura é um exercício, digamos, sexy.
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cocorosie cantam:
Bring me sweet dreams tonight
And help me be good tomorrow
1.2.06
O sertão não tem janelas nem portas. E a regra é assim: ou o senhor bendito governa o sertão, ou o sertão maldito vos governa...
J.G.R. no GS:V
Dizem os especialistas das estipulações de prazos: "eu vi, naquele em que os ombros suportavam todo o peso do mundo nos ombros, o preso." (2:34; 12:34. Um teólogo: "um 5 só no juízo apocalipspal"). Que a dor é tão velha que pode morrer. "Ressurreição ou origem?" Não há resposta, no fim não importa, porque a tona ficará mesmo o fim. Inicialmente é o mesmo fim de sempre, sem recomeço. But if you think that time will change your ways/ Don't wait to long. De repente as aspas caem. Sertão é isto: o senhor empurra para trás, mas de repente ele volta a rodear o senhor dos lados. Sertão é quando menos se espera. No sertão, ou no escuro, sertão de noite branca, não evito mais, mas devo e gloso. Evito é o medo de encontrar com o parecido, já que estar para sempre no semelhante é travessia. Sim, livre até do medo de cair no mesmo. Esse mundo é muito misturado.
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citadas e recitadas letras que a Madeleine Peyroux canta em "Careless Love", seu úrtimo disco. Espero que vocês todos muito, ouçam muito. Ao meu ouvir, o modo randômico deve ser desacreditado até o fim do disco. Mas aproveitem cá, duas dela.
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ah, é. a bahia tava incrível. a gente devia montar uma caravana, agora que o donato dirige dava pra alugar uma van, ou melhor: fretar uma escuna e ir de santos (breno sua mãe sabe fazer bolinho de chuva?) até a bahia (a minha mãe por sua vez vai construir um castelo no topo do monte pra mimzinha morar lá). na ida até lá o cargo de aeromoça me satisfaz. dessa vez na volta eu não quero pensar. bahia essa que não me sai do estômago. e do pensamento ficam o tom, adr, cla, alf, queridos. dance.
dizem que itacaré foi tomada pelos hippies. em boipeba a mari viu um que quando você perguntava:
-quanto é este colar?
e o hippie micróbio respondia:
-12, 13, 14 ou 15.
não era só maconha, era sabedoria.
vou enchê-los de beijos, viu? dos de mim mesma já estou lotada. quando a gente vem pro sul, dá dessas, saudades.
Drink up, baby Stay up all night Things you could do You won't but you might The potential you'll be You'll never see Promises you'll only make Drink up with me now And forget all about Pressure of days Do what I say And I'll make you okay And drive them away Images stuck in your head People you've been before That you don't want around anymore That push and shove and won't bend to your will I'll keep them still Drink up, baby Look at the stars. And I'll kiss you again Between the bars Where I'm seeing you there With your hands in the air Waiting to finally be caught Drink up one more time And I'll make you mine And keep you apart Deep in my heart Separate from the rest Where I like you the best Keep the things you forgot The people you've been before That you don't want around anymore That push and shove and won't bend to your will I'll keep them still
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