vamos pedir piedade
pra essas sementes mal plantadas
que já crescem com cara de abortadas
pras pessoas de alma bem pequena
remoendo pequenos problemas
pra quem não sabe amar
pra quem vê a luz
mas não ilumina suas minicertezas
e não muda quando é lua cheia
que estão no mundo e perderam a viagem
senhor, piedade
pra essa gente careta e covarde
no comer, no dançar, no fazer, no sentir e no pensar é indispensável a tentativa e a abrangência. a experiência como uma necessidade inalienável.
15.2.06
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Você tá certa com essa coisa da experiência. É como sair um pouco de si, dividir. Não necessariamente com o outro, mas com o que está a nossa volta. Sei lá, é meio piegas isso, mas o cazuza estava certo quando pedia coragem. Não sei se pra ele era, mas eu não acho fácil não...
Coragem pra encarar
Frente a frente eu comiguu
não respondi seu e-mail, desculpe e não se preocupe, não fiquei brava e justamente por isso não há nenhum remorso.
agora, quanto a 'experiência', tenho pensado muito nisso. as aplicações práticas vão em relevo, deliciosas. na teoria ese negócio da experiência vai mais adiante (ou passante)num walter benjamin, friedrich dürrenmatt ou samuel beckett... a um tom yorke...
já o cazuza era um caffona genial! acho que a angústia dele se travestia em pedidos de perdão e xingamentos padrão de um menino de classe média revoltado. acho que ele é muito uma das possíveis sínteses da década de 80. também concordo com você que ele estava certo quando pedia coragem... como ele lidava com isso eu também não sei, mas me parece que a coragem dele vinha em espamos. a minha oscila muito, quase sempre aumentando em épocas de liberdade. o medo real me deixa analítica e o imaginário paralisada... e sempre encaro a coragem como algo mais rompante. ou não?
:::
ai térico.... se você citasse o gil
'lá no sertão quem tem
coragem pra suportar
tem que viver pra ter
coragem pra suportar
e somente plantar
coragem pra suportar'
dava até pra não assinar anônimo...
Postar um comentário