14.1.10

voltei a alguma coisa grande. e começou de novo. não sei direito. compartilhar o aeroporto, o dia que percebi que morava sozinha, o aeroporto de novo, quase me pegaram, ouvir friday i'm in love ter quebrado o intervalo entre ação e vontade, ou movimento e escândalo, uma manhã no Porto, uma chuva discutida embaixo da chuva como é que chove?, ou de madrugada no albergue abrir os olhos e ter uma sueca ao meu lado e a central do brasil pela janela, pensar em smiths e sentir um cristal quente e branco e luminoso entre os meus seios, abacate com limão e açúcar na novidade que é, ou pequena minha mãe na beira da piscina me alimentava com pimentão, depois fiquei 15 anos sem comê-los que me davam dor de cabeça e aqui em portugal eles são pimentos, ou eu e o bernardo ainda não entendemos porque algumas lojas espalham seus produtos pelo chão na madrugada (esse é o grande segredo que a europa nos confiou mas ainda não contou) e depois uma outra coisa que eu não disse, ou disse demais, e a certeza de que o outro da minha cabeça tem que jogar a favor, se não jogo ele fora, escrever e escrever ou escrever ou/e escrever, e a certeza também de novo que se algo nos desviar (ou não) será sempre o amor, maior, amor e a certeza não era essa! a certeza é a primavera, não lembro mais como eu disse, mas é das poucas coisas que se pode esperar, a passagem do tempo na alternância das estações, é um horizonte que se aproxima. lembra?

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