não bate mais
a poesia, a droga, o amor
deve ser
deve ser o inverno
deve ser capricórnio
deve ser o fim
deve ser o fim
mentiram pra você
depois não tem começo
mentiram pra nós
depois não tem começo
mentiram pro jejum
depois não tem começo
mentiram pra minha barriga
depois não tem começo
oh yeah
mentiram pra mentira
baila, baila, baila
é quase janeiro
as coisas já não te atingem
as coisas já não
as coisas
caetano veloso ou arnaldo antunes já utilizaram essa forma de as coisas as coisas têm as coisas têm peso as coisas têm peso massa e volume
uma talvez júlia não tem nada com isso.
ou talvez entregar tanto
hoje de manhã quando acordei do trem
chorei chorei de amor
chorei chorei
até não ter dó de mim
semana passada dormi 4 horas por noite
todos os dias
todos os dias
até encontrar o reset das formas
e de ontem pra hoje das 20h às 9h
encontrei as formas tão arredondadas de prazer
a simples dormência de tudo
Lisboa é como o Caribe
gostar de você é como da luz
gostar é gostar não tem nada mais
nada menos
com você me sinto bem
oh you pretty things
vera me diz que amor é paciência e vice-versa
leio o wisnik o nancy
não quero ninguém
não quero ninguém
hoje não tem fernando pessoa
hoje tem TODO MUNDO
todo mundo a gente vai dar uma FESTA FESTA FESTA
duas três quatro FESTAS FESTAS FESTAS
eu ainda não sei em que festa vou porque estou em todas
eu sou a voz do universo, vocÊ ainda não percebeu?
faço assim: uuuuuuuuuuuu
e não estou no estrangeiro, ou no superior. estou no centro do liquidificador.
escrevo aqui só pra não ter que abrir o caderno. o caderno me deixa metafísica. daqui eu desbanco tudo, do alto desse blogue muro é você
muro é você que me lê e acha que sabe do que eu estou falando.
todo muro é cheio de propriedade.
vamos dançar a propriedade das coisas?
do lado de lá ficam os filósofos. do de cá os poetas pendurados em cachos de bananas.
eu estou no centro. eu não cedo o sentido. eu invento. eu não tenho nenhum compromisso com você nem com a tradição. mesmo a paranóia, eu larguei pra ela que ainda faz análise. mesmo a paranóia, veja bem, alucinação, MESMO A PARANÓIA é pro ano passado.
2010!!! o primeiro ano da década. o último ano da década. 2010. 2010.
metade prum lado e dobro pro outro! tou do lado dos dobros e das metades.
sou como uma camisa engomada.
um homem passou com a mesma camisa que você.
você me pergunta "ele era tão lindo como a camisa?"
"só a tua boca".
digo "alto."
digo ALTO.
ALTO.
meus padrões são des-educados. eu sei. cresci com um cacho de bananas e faço questão de lembrar que sou amável, amadora, amante, amiga, rasante.
sou um back.
back and forward.
nem vem que eu sou hetero. nem bem sou homem.
tou pra lá da negritude.
sou um talude.
que quer dizer talude?
n substantivo masculino
1 inclinação na superfície lateral de um aterro, de um muro ou de qualquer obra; rampa
2 terreno em declive; escarpa
3 Rubrica: construção.
posição de acomodação de um terreno após sua terraplenagem
4 Rubrica: artes gráficas.
m.q. rebarba ('espaço')
5 Rubrica: artes gráficas.
cada uma das minúsculas paredes laterais nas cavidades de um clichê de fotogravura
6 Rubrica: topografia.
grau de clivo em que se encontra um terreno, um monte etc.; rampa, escarpa
tu gostavas (?)
NÃO SEI USASR ESSA LÍNGUA ALGUÉM POR FAVOR ME CONCEDA UMA OUTRA
22.12.09
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
as palavras vão e vem , dão voltas e fazem-me pensar que sei. Mas o que sei? E para que serve saber? Será melhor se as palavras servirem mesmo é para a gente estar?
um grande beijo
"Ou então, se preferires, fica aí - que ninguém há de saber o que disseres." Que nada. 2010 já chegou, né, agora é tchibum. :)
Postar um comentário