3.9.09

eu tenho que comer as pedras pra entender, me lixar a pele da garganta com elas? na verdade ultrapasso meus dedos em tudo que é branco e rosa, essa cidade, viu, tanta delicadeza que às vezes meus pés escorregam. tanto passei o último ano andando por essas ruas de memória que agora tenho que atravessar o Atlântico nosso de cada dia, a pensar, ah que rapidez, por que tanto isso? com as texturas, pedindo que o material dessas casas (nós cantamos de verdade / e é sempre outra cidade velha) me dê a forma, esse futuro, tudo que eu já sei e nunca. ah, mais feliz, quem sabe? Lisboa está cheia de Leros, guindastes, ou é do corpo da cidade ser mais amiudado e com isso, ah vaga solidão, essa de sempre se estar acompanhando.

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ah, como é melhor amar do que entender.
 

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