o ônibus teve de subir a estrada de pedregulhos.
tinha capim ao lado era assim mais uma prosaica subida.
estudo do meio.
não vou me alongar nisso?,
indo ver as estrelas e quando chegamos era uma bola branca de concreto.
ou eu me lembro porque assim são os planetários.
por isso vou tingi-lo: era azul.
e na estrada tinha cheiro de sereno sobre o mato e borracha queimada dos ossos.
a vida é impertinente quando se tem 15 anos.
eu sempre senti os órgãos demais na barriga.
meu melhor amigo me disse uma coisa bonita sobre o fígado.
eu não escutava mas era como se ouvisse um rádio lento trazendo a notícia da paz.
a gente corre o pulmão expande pra inspirar o fígado pra se ajeitar é massageado.
talvez eu tenha tido vontade de massagear a bola branca do observatório.
o físico que nos atendeu contou sobre o clarão no céu visto nas férias
que iluminou nossos rostos de fogueira e fez um arco verde por cima dos meninos
era lixo espacial voltando pras atmosferas ardendo estrela-cadente não existe
deu-se por contente.
e quando olhamos ao ponto final só
-abre coração abre-
podia olhar por dez segund
(mesmo assim eu não vi nada)
22.4.09
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Um comentário:
eles não dão tempo
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