quando presa ao ar de vidro
em vigília minha insistência desistiu
você volta num ponto da penumbra
e me pede pra que abra novamente
pétala a pétala, em favor do dia
se o mundo fosse um estabelecimento
havia de pesar com destreza na planilha
portas sanfonadas que emperram
os ferros da dor no sangue de ontem
mas pelo teu modo de contagiar os descontentes
ouço: vim pra dizer que o dia te seja calmo
e não precises retirar prazer das coisas.
em dúvida, me recoloco a escrever
porque um fardo a gente deixa aflorar
depois te falo: silencio tudo aquilo
que do meu coração não parte.
30.10.08
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