estou tão ansiosa com a viagem que é daqui uma semana que vou comer uns quilos de farinha pra ver se me soterro um pouco.
é estranha, essa ansiedade sem angústia.
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ele fala que sou tipo olívia armando sales penteado, fazendo jantares, fazendo as malas, fazendo endereços,
mesmo com o sex appeal todo da coisa, os vestidos e as jóias de família, me pareço entender que na verdade é um desfazer-se, esse rumo.
é claro que vou visitar museus, tentar entender pessoas pelos gestos e designs de ônibus. mas não pelo acúmulo, mas pela perspectiva de uma outra, de uma coisa de outro.
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não se é um clichê quando se reinvinta a todo momento?
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sei que estarei na internet todas as quartas, para escrever no sete linhas.
cartas devem ser remetidas ao e-mail que você dispõe em algum lugar.
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a partir de uma conversa ontem, fiquei com vontade de ouvir cazuza. acredito desde ontem que o cazuza era O cara.
uma época em que se escancarava? e ele que se jogava todo. não esse tédio, sério: té-dio que a gente vive nesse país hoje em dia. alguém me fala? por que ninguém fala? estamos todos posando para o futuro do nosso passado, para um futuro esquálido, nervoso e frio, numa fotografia de alta definição que ninguém vê, anos depois perdida num hd? alguém peloamormemostra alguma coisa?
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enquanto isso a gente fuma um com a turma de seis no arpoador
o sol tão lindo
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acho que, se tudo for como imagino, esse blogue terá mais cara de diário do que nunca.
até,
13.6.08
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