sabe coisas assim? quando alguém foi você já voltava? então, paciência nunca foi o meu forte. então muitas vezes pensei em estar voltando em alguma coisa que alguém me falava e muito basicamente se ouvisse numa abertura mínima eu via que a pessoa estava só também, só no lugar dela. e que talvez ela também estivesse preocupada em não parecer ausente quando na verdade estava voltando, voltando de alguma parte nela onde também, no fundo, não havia ninguém.
e eu que gostava tanto de contar histórias de repente não tinha mais nada a dizer. não porque já tivesse entendido ou dessa vez, finalmente, não entendesse mais nada. não é que olhasse a água e dessa vez não quisesse mergulhar ou já estivesse nadando nela em pensamento. não podia dizer se estava dentro, agora que era o próprio dentro.
pegava uns panos pra lavar, um romance pra ler, plantava sementes de fumo no vaso da pitangueira da sala e emboras tivesse preguiça disso ainda se sentia sempre criando e refletindo um personagem com uma história cada vez mais vazia -até no amor sabia desacreditar se precisasse - e imaginava como, como, como eu atravessaria este um mês que falta, até o momento da partida?
e eu que gostava tanto de contar histórias de repente não tinha mais nada a dizer. não porque já tivesse entendido ou dessa vez, finalmente, não entendesse mais nada. não é que olhasse a água e dessa vez não quisesse mergulhar ou já estivesse nadando nela em pensamento. não podia dizer se estava dentro, agora que era o próprio dentro.
pegava uns panos pra lavar, um romance pra ler, plantava sementes de fumo no vaso da pitangueira da sala e emboras tivesse preguiça disso ainda se sentia sempre criando e refletindo um personagem com uma história cada vez mais vazia -até no amor sabia desacreditar se precisasse - e imaginava como, como, como eu atravessaria este um mês que falta, até o momento da partida?
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