20.10.05

literatura comparada

Hoje no Conjunto Nacional eu descobri que o novo Harry Potter existe em uma edição norte-americana e outra inglesa, o que é mais que óbvio, dada a grana que as respectivas editoras em cada país devem ganhar com o book.
Só que aí colou atrás de mim um cara da minha idade, perguntando pra vendedora: "uma é em inglês britânico e outra em inglês americano, né?" Ao que a vendedora respondeu sem titubear que "sim", o afffficcionado levou as duas.

5 comentários:

flogisto_calavera disse...

os livros do saramago são publicados aqui em português lusitano, a pedido do autor. mas acho que ninguém coleciona saramago; no máximo o lêem.

Sérgio disse...

Bem, o Breno arracou o comentário sobre o Saramago da minha boca. Ele é publicado cá nas nossas brasílicas plagas no seu original, o que é justíssimo e mais que correcto. Tomara que o zé que levou os dois dê de cara com a mesma edição.

Érico disse...

Acho que o interesse filológico e variantista do cabra não deve ser motivo de escárnio; remember Pierre Ménard.

Anônimo disse...

oloco...

júlia disse...

o mesmo acontece com outros, como o Mia Couto ou o Agualusa. e se tal acontece com o Saramago é porque um brasileiro tende a compreender a variante lusa.
assim, se alguém comprasse a edição portuguesa e a brasileira daria sem dúvida de cara com o mesmo texto. mas não sei se isso acontece com os harry.
o que acho mais interessante é a probabilidade de o texto das duas edições diferirem entre si, já que o harry potter não circula (só) entre o mesmo tipo de leitor do Saramago. por exemplo (e vice-versa) um leitor americano-médio que desconhece expressões idiomáticas ou construções sintáticas britânicas que, se apresentadas, encontrariam resistência na dúvida da leitura e fariam o livro deitar ao chão, e só isso, já que o esquecimento mesmo parece um fim necessário do entreterimento.

 

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