Escrevo meu livro à beira-mágoa.
Meu coração não tem que ter.
(Pessoa, II. Os avisos)
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Bem-aventurados os que fundem-se no que andam fazendo quando alguém pergunta 'como está? como vai?'.
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Uma ausência me acompanha dia-a-dia. Sonhei toda noite com sua presença. Acordei assim, tristíssima.
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Ninguém sabia que o mundo ia acabar
(apenas uma criança percebeu mas ficou calada),
que o mundo ia acabar às 7 e 45.
Últimos pensamentos! últimos telegramas!
José, que colocava os pronomes,
Helena, que amava os homens,
Sebastião, que se arruinava,
Artur, que não dizia nada,
embarcam para a eternidade.
(Drummond, em Brejo das Almas)
27.9.05
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2 comentários:
Drummond, Drummond...
se você me pergunta 'como vai?', respondo sempre igual: 'tudo legal'
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